18/10/2013
Por: abemusica

Lenine apresenta projeto The Bridge nesta quinta-feira, em Florianópolis

Confira a entrevista com Lenine e com o maestro Martin Fondse

Após 30 anos de carreira, para Lenine, subir ao palco continua sendo o melhor da festa, o termômetro de seu trabalho. De volta a Florianópolis, o cantor traz um novo show para comemorar a trajetória de sucesso: The Bridge.

Realizado com o grupo holandês Martin Fondse Orchestra, o projeto surgiu a partir de uma série de identificações. Lenine e o maestro descobriram sincronias em suas vidas: os dois nasceram em ilhas, compartilham uma mesma visão musical e, em Recife, a Maurício de Nassau é uma réplica perfeita de uma outra ponte em Amsterdã. A ideia era unir as músicas sem fronteiras em um projeto comum. Porém, não sem esforço, já que a rotina de comemorações do cantor esbarrava nos ensaios. Mas Martin não considerou totalmente ruim a ausência, já que isso deu mais liberdade ao seu processo de criação.

O resultado é uma releitura original do trabalho de Lenine. Canções conhecidas pelo público ganham acompanhamento de instrumentos de orquestra clássica e de jazz band. Criado apenas para uma breve turnê pela Europa, The Bridge resistiu e veio parar no Brasil. Depois de passar hoje por Porto Alegre, o show será apresentado na Capital amanhã, no Espaço Floripa.

“A música é universal”

A Capital será a segunda cidade brasileira a receber a turnê The Bridge com Lenine e a Martin Fondse Orchestra. O show que celebra a união entre as músicas brasileira e holandesa será amanhã à noite, no Espaço Floripa. A excursão nacional faz parte das comemorações de 30 anos de carreira do cantor, que conversou por telefone com a reportagem do DC. Por e-mail, o maestro Martin Fondse também respondeu perguntas sobre o encontro com o artista brasileiro.

Você está em turnê com Chão, o projeto com a Orquestra Sinfônica Brasileira e o The Bridge. Gosta de estar envolvido em muitas coisas ao mesmo tempo ou prefere uma rotina mais tranquila?
Lenine – Tem a ver com este ano em que estou fazendo 30 anos de trabalho. Resolvi celebrar de 30 maneiras diferentes e estou pagando esse preço.

Como surgiu a ideia do The Bridge?
Martin Fondse – Há cinco anos conheci o trabalho do Lenine. Um estilo de música vibrante, vívido, cheio de groove, com composições e letras interessantes e surpreendentes. Então, senti que se eu um dia tivesse a chance de combinar meu próprio trabalho e orquestramento com um artista brasileiro, ele seria uma escolha desafiadora. Em 2012 fui chamado para organizar um projeto para um festival de música na Holanda e a chance de trabalhar com Lenine apareceu. Nosso primeiro encontro foi em setembro do ano passado, no Rio de Janeiro. Foi inesquecível: após 30 minutos, ele me abraçou e disse: “Nós temos um projeto!”.

Como foi selecionado o setlist?
Martin – Lenine elaborou uma longa lista de músicas e me deixou escolher 12 para formar um set perfeito para festivais. E ele me deu toda a liberdade de fazer o que eu quisesse com elas. E eu tomei a tal liberdade… A única dificuldade, talvez, foi que Lenine estava tão ocupado com os seus projetos comemorativos de 30 anos, que eu não pude falar muito com ele sobre os arranjos. Mas isso também me propiciou a liberdade que eu queria. E como não tínhamos muito tempo para ensaiar, garanti que Lenine pudesse tocar e cantar suas canções da forma como ele já estava acostumado.

O que o The Bridge representa profissionalmente?
Lenine – Nada. É mais música, é mais experiência. Uma das coisas mais bacanas que descobri muito cedo sobre a música que fazia era que ela tinha algum tipo de linguagem que poderia dialogar com qualquer expressão musical do mundo. Pode soar pretensioso, mas é uma linguagem universal. Acredito que a música é uma linguagem universal. Ela tem me levado tão longe. Chegar no Martin foi fácil, porque a gente pensa igual. Quando nos encontramos, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. O projeto inicial era só para ocorrer lá na Europa, mas fiquei tão emocionado com o resultado que me senti na obrigação de trazê-lo. Não vamos fazer só em Floripa. Vamos fazer pelo Sul, Rio, Belo Horizonte e Brasília.

Depois de 30 anos de carreira, o que ainda o motiva?
Lenine – Continuo com um prazer quase juvenil de subir ao palco. O palco é realmente o melhor da festa. Tudo o que a gente faz é para gerar um show e cair na estrada. É só no palco que se pode mensurar o que chega e como chega. Eu sou viciado nisso. No final de semana que estou sem trabalho, fico mal. Gosto muito do que faço, tenho muitos estímulos e já estou começando a pensar no próximo projeto. Já estou compondo.

Fonte:Hora de Santa Catarina

 





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