13/02/2014
Por: abemusica

Música e… Terapia

Musicoterapia para Idosos

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O som e a música acompanham o homem desde seu nascimento, e estão inseridos em todas as culturas desde a pré-história. Atualmente, sabemos que a música é uma atividade neuropsicológica complexa, pois exige do ser humano operações mentais multimodais, como tocar um instrumento musical, ler uma partitura musical, apreciar e reconhecer melodias (Correia, 1998). A aplicabilidade dos recursos sonoros e musicais, tanto para fins diagnósticos como terapêuticos, é feita pela Musicoterapia que tem como objetivo o estudo da relação do som/música com o ser humano, do ponto de vista fenomenológico, neuropsicológico, cognitivo e psicodinâmico (Correia, 1998).
Envelhecer é um processo natural no ser humano, porém, os idosos apresentam mais problemas de saúde do que a população geral; mas apesar das dificuldades procuramos envelhecer com qualidade, ou seja, o “envelhecimento bem sucedido” (Garrido e Menezes, 2002). Esse envelhecimento bem sucedido é o resultado da capacidade que a pessoa tem de estar bem, mesmo diante de todas as dificuldades que surgem: como perdas, doenças, problemas familiares, etc. “Envelhecimento saudável, dentro dessa nova ótica, passa a ser a resultante da interação multidimensional entre saúde física, saúde mental, independência na vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica”, independente de estar ou não doente (Ramos, 2003).
A Musicoterapia assume especial relevância na reabilitação e tratamento do idoso  ao estabelecer um canal de comunicação não verbal por meio do som e da música, contribuindo com diagnóstico clínico, e é ferramenta valiosa de intervenção terapêutica nos casos de distúrbios emocionais, cognitivos e físicos. Alguns estudos científicos vêm sendo realizados e destacamos dois: o de Hanser (1996) e Kumar (1999) que apresentam resultados importantes para a Musicoterapia. Hanser realizou um estudo quantitativo e concluiu que a musicoterapia aplicada a pacientes com depressão aliviava o estresse e a ansiedade, e melhorou os sintomas depressivos. Kumar et al, observaram mudanças na função neuroendócrina após a intervenção musicoterapêutica em pacientes com Alzheimer, verificou-se o aumento dos níveis de melatonina, demonstrando que os pacientes ficaram mais participativos e integrados socialmente. O tratamento musicoterapêutico mostrou-se promissor na melhora dos sintomas depressivos, ativando o sistema neurotransmissor hormonal.
A musicoterapia com idosos pode ser individual ou em grupo, e tem como objetivo principal avaliar os aspectos cognitivos e emocionais do paciente e assim, compreender e intervir sobre dificuldades apresentadas. Estimular a interação social, a atenção e concentração, a criatividade, motivação para realizar outras atividades terapêuticas, dentre outros. Para sabermos se o idoso deve participar de um atendimento individual ou grupal é realizada uma avaliação (ficha musicoterapêutica e testificação – Benenzon, 2000), com a finalidade de conhecer sua história sonora e os aspectos psicológicos e cognitivos individuais relacionados com o som e a música.
A participação do paciente em musicoterapia contribui para sua adaptação a novas situações, ajuda-o a resgatar ou aprender habilidades e reforça sua resistência. A música motiva o paciente a realizar atividades físicas e ajuda-o a expressar suas angústias (Bright 1991). Portanto, o idoso que necessita de reabilitação, tratamento ou acompanhamento terapêutico para superar barreiras físicas, psíquicas e/ou mentais (cognitivas), pode ter na musicoterapia uma forma de buscar o “envelhecimento bem sucedido”.

 

Fonte:Escolas de Musica

 





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