Passado e presente em total sintonia na Escola de música
História de dedicação, união e amor pela música erudita é contada através dos anos por família
Conseguir conciliar os seus desejos e ambições aos de seus filhos é algo raro para os pais. Para a família Altoé Pimenta, isso nunca foi um problema. Unida pelo amor à música clássica, frequentam, juntos, a Escola de Música de Brasília desde 2011. Eles estão entre os 460 alunos do 37º Curso Internacional de Verão de Brasília (Civebra), que vai até o dia 29 de janeiro. “A nossa paixão é a música clássica, a Escola de Música é nossa segunda casa. É a segunda vez que participamos do Curso de Verão, que sempre nos traz ótimo aprendizado e novas amizades”, afirma Cilene Altoé Pimenta, mãe, esposa e contrabaixista.
O quarteto ainda conta com o marido, Eglinson Pimenta, que toca violoncelo; e os filhos, Vida e Sun, que escolheram o violino como instrumento. “Meu pai colocava música para a gente ouvir, e nos perguntava os nomes dos instrumentos. Um dia, ouvi um som lindo, mas não sabia o nome do instrumento. Ele me explicou que era o violino, me apaixonei e, imediatamente, soube que era o que eu queria tocar”, conta Vida Altoé Pimenta, que – segundo sua mãe – nasceu ao som de Messiah, de Händel.
Para o pai, Eglinson Pimenta, é um orgulho saber que conseguiu passar seu amor pelo erudito a toda família. “Muitos pais não conseguem ter a relação que temos com os filhos, de cumplicidade e união”, reflete.
“A questão é que todas as pessoas fazem um esforço tremendo para serem iguais as outras. Não nos importamos com a fama de família incomum”, garante Cilene.
Incentivos e apoios para os planos futuros
Em 2013, a contrabaixista Cilene Altoé Pimenta precisou ficar seis meses em repouso, sem poder tocar. Nesse período, o apoio familiar foi essencial para livrá-la da depressão. “Eles tocavam sempre, me emocionava e acabava chorando, pois não podia tocar com eles. Me deram muita força, não me deixavam ficar triste”, relembra a instrumentista.
Orquestras renomadas
Agora, com apenas 16 anos, Vida foi aprovada em Música na UnB. Sun, 15, também tem planos de estudar o mesmo curso. Ambos sonham alçar voos mais altos, desejam viajar pelo mundo como solistas e tocar em orquestras renomadas. Para os pais, o prazer de ver os filhos seguindo seus passos é o que move. “Entramos no mundo deles, e eles permaneceram no nosso”, conclui Cilene, orgulhosa.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília