27/01/2015
Por: marketing

Marina De La Riva leva as músicas de Caymmi para o Teatro Castro Alves

Para  a artista, a obra de Caymmi é imantada de fascínioPara a artista, a obra de Caymmi é imantada de fascínio

A cantora carioca Marina De La Riva apresenta na quinta-feira (29/1), a partir das 21h, o show Marina De La Riva canta Dorival Caymmi, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador.

Na apresentação que faz parte do projeto Verão MPB, a artista canta canções do cantor e compositor baiano, como “Você não sabe amar”, “Vestido de Bolero”, “É Doce Morrer No Mar”, “Acalanto” dentre outras. Ingressos entre R$ 40 e R$ 100.

Para  a artista, a obra de Caymmi é imantada de fascínio. “Seu canto doce e nostálgico é saudade pura. É possível enxergar o saveiro, a voz dos pescadores, tempestade e candomblé. Aos seus olhos, o pitoresco de sua terra Bahia é profundo e dramático, é puro sentimento de um povo e de sua cultura. Jorge Amado uma vez escreveu que na música de Caymmi existe algo de perdurável que só o conhecimento dado pelo amor e a experiência vivida conseguem transmitir. Ele leva em si sua terra, onde quer que esteja”, disse Marina, contando que o espetáculo será uma homenagem amorosa e singela ao poeta Dorival Caymmi.

Ela disse ainda que foi criada por algumas pessoas com a mesma estranha mania de nunca deixar fugir a terra amada de dentro de si e talvez parte dela se afeiçoe a Caymmi pela saudade nostálgica ou pelo mar. “Em mim cantar Caymmi é preciso. Seja por fascínio ou por ser Marina, por ser metade brasileira metade cubana ou por que as águas de Dona Janaína nos banham, encantam e abençoam, não importa. Sua musica é um grande pássaro de asas estendidas que nos oferece o vôo”, afirma.

Marina enfatiza que seu envolvimento com Caymmi é de grande importância em sua carreira. “O artista para ser transparente tem que estar falando do que ele sabe”, disse a artista que também tem no seu trabalho muita influência de Cuba, já que é filha e neta de cubanos. “Não vou para lá o tanto que eu gostaria. Tenho muitos amigos lá. Tenho um gráfico emocional toda vez que vou pra lá. Fico esfuziante quando eu chego e no meio do caminho enquanto estou lá fico super triste por ver minha família exilada. Não posso estar de acordo com um regime que proíbe a liberdade de ir e vir de alguém, além das questões de direito humanos. Mas eu amo aquele lugar, tenho memórias afetivas. São as minhas raízes, a gente vem de uma árvore e essa é a minha. Mas a minha Cuba não é a da camiseta do Che Guevara, que quem não mergulha acha que é só isso. Minha Cuba é outra: da família, da receita, da clave, da saudade do avô”, declara.

Marina conta que cresceu no interior fluminense, em Campos dos Goytacazes, ouvindo os boleros e canções caribenhas que o pai, cantava. “Em casa, a música era uma placenta que nos transferia alimento intelectual e emocional. Ouvíamos canções cubanas como forma de estancar uma dor”, explica artista, contando que o que a atrai nas obras de Caymmi é a delicadeza e simplicidade tão sofisticada. “Me chamo Marina e, na infância, eu fantasiava que ele tinha composto essa canção para mim. O espetáculo será uma imersão e uma entrega à obra dele”, adianta.

No show sob a direção musical de Ricardo Valverde, a artista é acompanhada dos músicos Cleber Silveira (acordeon), Fabio Sá (baixo Acústico), Wesley Vasconcelos (violão de sete cordas), Agnaldo Luz (bandolin e cavaco) e Ricardo Valverde (vibrafone e percussão).

Fonte: Tribuna da Bahia

 





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