03/02/2015
Por: marketing

Josué Lopez faz música para tocar pessoas

josue lopez

O saxofone se tornou uma extensão do seu corpo. Aliás, a música em si é presença constante em sua vida.

Josué Lopez é uma desses pessoas que corre talento nas veias. Não foi à toa que ele começou bem cedo, ainda criança. Hoje, aos 34 anos de idade, Josué já tocou em trio de jazz, produziu Cd´s gospel, dividiu o palco com artistas famosos como Djavan, Arthur Maia, Hamilton de Holanda, Mario Adnet, Paulo Moura, Alcione, Ed Motta, Nana Caymi, Dori Caymi, Leni Andrade, Roberto Menescal, Celso Fonseca, Mart’nalia, Zeca Pagodinho, Belo, Exaltasamba, dentre outros. Recentemente, ele esteve em Teresina ministrando um workshop no Palácio da Música.

A maturidade musical chegou bem cedo por influência da família. “Meus pais sempre foram ligados à música. Não profissionalmente. Sou de uma família de evangélicos. A minha mãe tocava no coral da igreja e meu pai regia o coral. Sempre fomos muto ligados em música e quando a família se reunia era só cantoria. Desde pequeno vinha ouvindo aquilo e o violão foi o primeiro contato que eu tive com a música”, relembra.

Aos 16 anos, ele mudou-se para Fortaleza (CE) onde estava a maior parte de sua família e o tio, Samuel Lopez, saxofonista, acabou influenciando a escolha pelo instrumento preferido. Logo veio a primeira clarineta.

Aos 17, ganhou um saxofone. “Nessa época mudamos para o Rio de Janeiro e fui desenvolvendo meu lado musical. Toquei muita coisa. Até porque é importante saber, serve de acompanhamento e também é legal para escrever, compor”.

Josué lembra que aos 18 anos já tocava em um trio de jazz. Seu instrumento era o contrabaixo e foi conhecendo repertório, a música brasileira e muita gente que acabou abrindo as portas para as oportunidades, foi assim que chegou até o cantor Belo. “As pessoas foram me conectando com esses artistas. Eu já havia tocado com cantores gospel e também com minha irmã, Josiane, que tem cinco discos gravados. Quando surgiu a oportunidade com o Belo, eu ganhei visibilidade e o pessoal foi conhecendo meu trabalho. Conheci o Artur Maia, um grande contrabaixista brasileiro, conheci o Marcelo Martins que me indicou para tocar com o Djavan. Ele tava saindo”.

Tocar com Djavan foi uma experiência marcante em sua vida. Afinal, ouvia suas músicas desde criança e nunca imaginou que pudesse dividir o mesmo palco. Para Lopez, momentos que jamais irá esquecer. “Ele é um grande poeta, arranjador, músico, compositor. Djavan gosta tudo do jeito dele, você acaba conhecendo mais a fundo o seu trabalho. Gosta muito da improvisação e é algo que eu buscava e busco até hoje. Ano passado toquei com Ed Mota ”.

 “A música é algo divino”

A improvisação faz parte do trabalhado de Josué e exige muito do músico. Ele requer uma base harmônica e de conhecimento teórico, de vivência da composição. Aliás, improvisar é compor, na sua opinião. Você está compondo uma história na hora e, para isso, é preciso saber de tudo um pouco.

“É importante se aprofundar no jazz e na música brasileira. Tem que pegar todas essas informações e misturar tudo. Eu costumo dizer que para ter uma personalidade musical é legal pegar tudo quanto é de música. Você precisa ter todo segmento e colocar como num liquidificador e bater. Ai você vai imprimir sua musicalidade”, ressalta.

Sobre o mercado musical, o instrumentista sabe que existem dificuldades, mas é preciso buscar alternativas para sobreviver. “Hoje para viver da música é preciso se virar em qualquer tipo de situação. Não somente na improvisação, tem que executar uma melodia bem, os arranjos. Quanto mais o músico se aprofundar e saber lidar com qualquer tipo de área, maior o leque de possibilidades”.

Além de tocar, ele gravou um Cd intitulado Evolução. Trata-se de um álbum instrumental que traz composições inéditas e também regravações, as quais ele deu o seu toque, deixando o seu jeito. “Fiz um disco para alcançar as pessoas. Se fizesse só para músicos, acabava restringindo. Desde o início era um projeto para tocar as pessoas e tem essa coisa da espiritualidade. Para mim, Deus está dentro o tempo todo. A musica é uma coisa divina, procuro em todas as minhas melodias, composições, procuro um caminho de Deus para que as pessoas sejam tocadas”. (Por Liliane Pedrosa)

Fonte: Meio Norte

 





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