Ouvir para ser ouvido
A voz não é, nem de longe, o único item com que um músico precisa se preocupar. A audição é um elemento muito importante e o cuidado com ela, é indispensável.
Em uma entrevista realizada com a Dra. Katya Freire, fonoaudióloga da Audicare – Ouça a diferença, a monitoração auditiva é algo com que todos os músicos deveriam se preocupar, já que, com ela, é possível evitar zumbidos, possíveis problemas auditivos e, também, ter um bom retorno de voz em shows, preservando a qualidade vocal.
É importante que todo profissional da música esteja consciente dos problemas que podem aparecer caso não haja um acompanhamento correto de um fonoaudiólogo. Segundo Katya, os distúrbios auditivos mais aparentes em músicos são: zumbidos, como foi dito acima, sensação de plenitude auricular e pressão no ouvido. Por diversas vezes, a perda de audição não é reconhecida pela pessoa, mas realizando exames, o profissional da área pode constatar perda auditiva que pode ser inicialmente temporária e que, com a exposição frequente a níveis de pressão sonora elevados, pode se tornar permanente.
Katya Freire ainda explica que a orelha, encontrada no osso temporal, é dividida em três partes: a externa, média e interna.
A orelha externa, formada pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo, tem, como função, a localização, captação e transmissão da onda sonora, até a membrana timpânica.
A média, conhecida, também, como cavidade timpânica ou caixa do tímpano tem, como função, converter a energia sonora em energia mecânica e, dessa maneira, conduzir a passagem do som para a orelha interna.
A interna possui um papel fundamental, pois sua porção anterior, a cóclea, possui o órgão de ‘Corti’, uma estrutura mecanoreceptora essencial à audição. Nesta estrutura estão situadas as células ciliadas externas e internas. As externas são amplificadores não lineares e as internas são transdutores, que convertem o sinal de entrada em impulsos elétricos. Os danos causados nessas células são irreversíveis.
Para evitar que a audição seja prejudicada, os músicos devem sempre passar por uma avaliação audiológica específica, usar protetores auditivos com filtro flat, monitores in ears nas duas orelhas, mixagem personalizada baseada na audição do músico, o que deve ser feito sempre de maneira individual e sob medida. E, lembrar que a exposição a som alto, é sempre uma relação entre tempo e intensidade a que se está exposto.
Preserve sua audição: ela é seu principal instrumento de trabalho!
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