30/08/2016
Por: marketing

Apoiado pelo MinC, projeto social muda vida de jovens brasileiros pela música

David, Paula e Victor, moradores de comunidades do Rio de Janeiro, contam como a ONG Ação Social pela Música do Brasil influenciou na escolha pela carreira artística

Foto: Reprodução/Portal Brasil
ONG Ação Social pela Música do Brasil tem nove núcleos de formação de jovens no País

ONG Ação Social pela Música do Brasil tem nove núcleos de formação de jovens no País

A música sempre esteve presente de forma marcante na vida de David Nascimento, um jovem carioca de 20 anos. Na infância, o pai, percussionista, apresentou a energia do som ritmado nos desfiles de carnaval no Rio de Janeiro (RJ).

Fora de casa, David teve contato com outros timbres, harmonias e composições, mas foi a música clássica que despertou a vocação do garoto com problemas na escola e que já tinha até fugido de casa.

Junto a outros jovens de comunidades pobres do Rio, o hoje contrabaixista clássico David Nascimento integra a Orquestra Jovem do Brasil, que já se apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e na Cidade das Artes.

A orquestra é uma iniciativa da Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), organização não governamental que leva inclusão social por meio do ensino da música clássica a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O projeto tem o apoio do Ministério da Cultura, com recursos do governo federal.

A trajetória do morador do Chapéu Mangueira, comunidade da cidade do Rio de Janeiro, começou a mudar aos 14 anos, quando um amigo o levou a um curso de música no morro Dona Marta, um dos núcleos da ASMB. Atualmente são nove núcleos, sendo quatro na capital fluminense – Chapéu Mangueira, Alemão, Macacos e Cidade de Deus, que englobam mais de 19 comunidades pacificadas – duas em Petrópolis (RJ), além dos núcleos de Piraí (RJ), João Pessoa (PB) e Ji-paraná (RO).

David queria aprender violoncelo, como o amigo. “Só que não tinha vaga para o violoncelo. Aí vi o professor tocando baixo, a corda estremecendo a janela. Falei: ‘eu quero esse instrumento’”, conta ele. Na primeira aula, depois de observar uma colega tocando, David já conseguiu reproduzir quatro notas. Foi o suficiente para não largar mais o instrumento musical.

A paixão pelo contrabaixo foi capaz de mudar a relação dele com a escola. Não quis fugir mais. “É que, para manter o curso, tinha de ter uma boa nota na escola. Valeu a pena, me fez mudar de vida completamente, assim, conhecendo a música”, diz ele, orgulhoso de sua história.

Com o tempo, passou a estudar o instrumento entre três a quatro horas por dia, inclusive aos domingos. O resultado? Hoje David é um dos professores no núcleo do Chapéu Mangueira. “Uma felicidade, não é? Você já ter nível para poder dar aula. Nunca esperei sair do Brasil, mas, pelo projeto, eu já fui à Venezuela. Quero fazer faculdade fora também”, planeja.

A história de Paula Dominique, de 18 anos, moradora da comunidade do Pavão, é bem parecida com a de David. Nunca pensou que fosse se interessar por música clássica, até que foi apresentada por uma amiga de sua tia à ASMB, em 2012. Paula conta que não se interessava pela escola. E foi assim até ser apresentada à viola.

“Na escola mudaram totalmente as minhas notas, porque música envolve muito a matemática, envolve tudo. Para ficar no projeto, tinha de tirar notas boas, a gente tinha de ter bom comportamento em todas as coisas. Aí, mudou totalmente a minha forma de pensar”, conta.

E mudou também a realidade dela. Pelo projeto, por exemplo, ela fez sua primeira viagem: foi para Vassouras (RJ) se apresentar num festival de música. E conta, satisfeita, que tem amigos de lugares mais distantes, como Petrópolis (RJ) e Londrina (PR), e até conhece o maestro do Teatro Municipal, Tobias Volkmann.

Agora que terminou o ensino médio, ela está se preparando para a faculdade. Paula planeja começar os estudos no Brasil concluí-los na França.

História parecida tem Victor Freitas, de 17 anos, também proficiente na viola clássica. “Já tive oportunidade de tocar em vários lugares, tocar no Teatro Municipal [do Rio de Janeiro], sonho de todo músico”, conta o aluno do núcleo do Complexo do Alemão.

Ele, que é estudante de pedagogia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), planeja cursar na sequência a faculdade de Música e, então, correr atrás de grandes objetivos: entrar numa orquestra profissional, tocar em casas prestigiadas internacionais, como o Carnegie Hall, e também estudar na prestigiada Juilliard School, ambos em Nova York, nos Estados Unidos.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Ação Social pela Música do Brasil (ASMB)

 





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