Cantor e banda da capital inventam um novo gênero: música de São Paulo
Influenciados por todos os gêneros musicais que desembarcaram em SP, cantor Pélico e banda Trupe Chá de Boldo fazem som com cara da cidade.
A Trupé Chá de Boldo impressiona pelo tamanho da banda: 13 músicos. E pelo som cheio de percussão, metais, guitarras e quatro vocalistas. Eles preferem não dizer a qual gênero o grupo pertence e dizem que são influenciados por tudo o que escutam.
O Som SP — série sobre música independente do SPTV 1a edição – também acha que eles não são rock, não são samba, não são nada que já vimos. Vamos dizer então que eles fazem “Música de São Paulo”. Assista aos vídeos abaixo e veja se concorda.
TRUPE CHÁ DE BOLDO
Trupe Chá de Boldo (Foto: Divulgação)
O seu som é pra quem gosta de?
Se tem uma coisa que a gente compartilha pelo som é tesão. Entre quem toca, quem ouve, entre cada um que está presente. Nesse sentido talvez a gente possa falar que “nosso som é pra quem gosta”. Ponto. Pra quem gosta de alguma coisa. Pra quem tá de alguma forma com tesão. Para além disso não podemos, nem queremos, definir qual deve ser nosso público. Por termos um processo de composição bastante plural, cada um de nós traz referências bastante diferentes e acaba acontecendo que pessoas com os mais variados gostos podem beber no nosso som. Obviamente, há também quem não se identifique com o que está sendo cantado e musicado. É natural que seja assim, e nós não vamos, para ganhar público ou vender mais, abrir mão da arte em que acreditamos.
Em quais lugares de São Paulo vocês tocam? Poderia descrever como eles são e quem frequenta?
Em Sampa no geral têm rolado shows em dois tipos de circuito. Há um circuito institucional ligado ao investimento público, como centros culturais (como o CCSP e CCJ), programação de unidades do Sesc e Sesi, circuitos em parques e teatros municipais, e, vez em quando, programações de exceção como virada cultural, aniversário da cidade. Outro tipo de espaço, mais noturno, é um circuito de casas de show menores, que tem sido fundamental para a música autoral e independente da cidade. São lugares como o Puxadinho da Praça, o Mundo Pensante, a Serralheria, a Casa do Mancha e alguns outros, que se inventaram como espaços vitais de experimentação. Estes dois circuitos são bastante plurais e acabam por abrigar públicos diferentes e permitir experiências bastante diversificadas de contato com a plateia. Talvez daí a gente tenha tido retorno de gente muito diferente que pôde frequentar os shows.
Qual música sua ou cover que você toca que mais te faz lembrar SP?
São Paulo é essa cidade contraditória que por um lado acolhe e inspira (porque abriga livremente tantas vivências, manifestações artísticas e políticas), e por outro oprime, com uma intolerância cada vez mais agressiva. Talvez “A Rolinha e o Minhocão”, faixa do nosso disco Nave Manha, seja a música que mais explicita nossa relação com a cidade, ao falar do prazer que existe na liberdade de perambular pela rua Augusta, pertinho da estrutura grotesca que é o Elevado Costa e Silva, o Minhocão.
Como está a cena do seu estilo musical em SP?
Como não temos um estilo musical definido, faz mais sentido falar desta cena autoral e independente que hoje ganhou força em São Paulo e da qual nos sentimos parte.
Se ainda há, certamente, muita dificuldade para esses artistas que estão fora do mainstream, e que o fazem também por escolha, não dá pra negar que o momento é efervescente, alimentado por um diálogo forte que há entre bandas, público e casas de show. Talvez, por isso, tantos artistas de outros estados se mudam para São Paulo. Para dar maior dimensão aos seus trabalhos. E a cena só esquenta.
Agenda de shows:
Dia 18/10 – Sesc Ipiranga
Dia 31/10 – CCSP – Lançamento do vinil com participações de Negro Leo e Iara Rennó
Na internet:
Site: www.trupechadeboldo.com
Face: https://www.facebook.com/TrupeChadeBoldo
Twitter: @trupechadeboldo
Instagram : trupechadeboldo
PÉLICO
Cantor Pélico (Foto: Divulgação / Acervo Sesc Campinas)
O seu som é para quem gosta de?
MPB, rock, reggae, pagode, sertanejo universitário… ou seja, meu som é pra quem quiser.
Em quais lugares de São Paulo vocês tocam? Poderia descrever como eles são e quem frequenta?
É difícil segmentar em uma cidade tão ampla e com tanta diversidade, minha música, alcança diversos públicos e casas. Tocamos desde sescs, circuitos autorais e festivais.
Qual música sua ou cover que você toca que mais te faz lembrar SP?
Acho que minhas composições como um todo são ligadas a cidade de São Paulo, o local onde vivemos muitas vezes tem influencia direta na sonoridade. Posso dizer que diversas canções percorrem essas ruas e nenhuma totalmente é só dela.
Qual música sua ou cover que você toca que mais te faz lembrar SP?
Acho que minhas composições como um todo são ligadas a cidade de São Paulo, o local onde vivemos muitas vezes tem influencia direta na sonoridade. Posso dizer que diversas canções percorrem essas ruas e nenhuma totalmente é só dela.
Como está a cena do seu estilo musical (pagode, rock, reggae etc) em SP?
Pensando em estilos tão populares, em uma cidade tão diversificada, fica até difícil definir uma cena única, de um único estilo musical. O que vejo hoje é um momento muito rico musicalmente, com várias sonoridades e bons discos sendo lançados.
Agenda de shows:
Dia 02 de outubro, às 21h, no Auditório do Ibirapuera, com participações de Marcelo Jeneci, Caru Ricardo e Letícia Spiller.
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia entrada)
Na internet:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=I0LVfjrIFOg
Site – www.pelico.com.br
Face – https://www.facebook.com/pelicomusica?fref=ts
Twitter – @pelicomusica
Instagram – pelicoaqui
Veja mais em : http://g1.globo.com/sao-paulo/musica/noticia/2015/10/cantor-e-banda-da-capital-inventam-um-novo-genero-musica-de-sao-paulo.html
Fonte: Leonardo Leomil Da TV Globo, em São Paulo