01/08/2014
Por: abemusica

Capacitação profissional é destaque em congresso de escolas de música

Evento da CAEM incentiva melhorias no mercado de educação musical

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Cerca de 700 profissionais do ramo de educação musical, entre proprietários de escolas livres e conservatórios, professores e pesquisadores, reuniram-se no último final de semana, 26 e 27 de julho, em São Paulo (SP) para participar da 1ª edição do Congresso Nacional CAEM (Central de Apoio às Escolas de Música) – o antigo Encontro Nacional de Escolas de Música.

A exemplo dos anos anteriores, o evento foi 100% gratuito e promoveu dois dias de palestras e oficinas de capacitação ministradas por representantes das áreas de administração, coaching, educação especial e à distância, musicalização infantil, empreendedorismo, marketing, produção musical, entre outras.

O 1º Congresso Nacional CAEM contou com patrocínio da Yamaha Musical do Brasil e apoio da Abemúsica, Daise Publicações, Empório Musical, Etag Informática, Free Note, Fritz Dobbert, Giannini,  JOG Vibration, Menestrel Material Pedagógico, Michael, Musical Express, Pride Music, Roland, SMD Jack Lima e TKT Assessoria Musical. Todas as empresas marcaram presença com estandes onde apresentaram produtos e serviços direcionados para escolas de música e ainda tiveram a oportunidade de estreitar o relacionamento com o público alvo.

Para a empresária Valéria Forte, diretora executiva da CAEM, o sucesso do evento reflete os esforços da entidade para profissionalizar o setor de educação musical e incentivar troca de experiências entre empresários e educadores vindos de todas as regiões do Brasil. “Percebo clareamento a profissionalização do segmento de escolas de música em todo Brasil, destacando a preocupação não só com o conteúdo educacional, mas com a gestão: gerir com eficiência e eficácia. O Congresso motiva e sensibiliza os participantes a procurarem e se adequarem a este mercado que muda dia a dia, não só pela tecnologia, mas como pela necessidade de seu público. Acredito ser o único evento no gênero em conteúdo e também haja vista a gratuidade de participação, permitindo o acesso de participantes de todo Brasil”.

“A CAEM é uma das únicas organizações que se preocupa com o desenvolvimento industrial das escolas de música no Brasil. Sua atuação proporciona interação entre os mais variados tipos de instituições comprometidas com o ensino da música, contribuindo com o aumento do profissionalismo do mercado musical como um todo. Os eventos da CAEM reúnem fabricantes, lojistas, empresários, professores e artistas, ou seja, toda a cadeia produtiva do mercado musical. O Congresso foi mais do que um evento empresarial; tratou-se de uma confraternização onde não houve espaço para concorrências, somente espaço para o espírito de colaboração e troca de experiências”, diz diretor presidente da Yamaha Musical do Brasil,Osamu Naito,  que patrocina eventos da CAEM desde a fundação da entidade, há 10 anos.

Lucratividade em foco

O primeiro dia do 1º Congresso Nacional CAEM teve como foco palestras voltadas para a área de negócios, sempre tendo em vista as particularidades e desafios que cercam o dia a dia das escolas de música.

A primeira a subir ao palco foi a musicista Cristal Velloso, criadora e gestora do programa Sopro Novo Yamaha e consultora em treinamento e desenvolvimento pela Doors Brasil, que apresentou a palestra “Reinventar sua escola de música: um desafio diário”  para levantar uma discussão sobre temas como mudança, pró-atividade e resiliência como fatores relevantes para o desenvolvimento da empresa e de todos os profissionais envolvidos na instituição.

Em seguida, a psicóloga e coacher Ana Moreira trouxe a palestra “Transformando o atendimento em resultado”, que ensinou como o comportamento da equipe pode impactar alunos matriculados ou em potencial, e quais posturas são mais adequadas para gerar números positivos para a escola.

Fechando o dia, o empresário e professor Jaques Grinberg apresentou a palestra “Fidelizar e captar novos alunos”, na qual expôs novos nichos de consumidores que podem ser explorados pelas escolas, qual a abordagem mais correta para atrair cada perfil de cliente, a importância de se investir em um material de divulgação de qualidade e em variados canais de comunicação com o cliente, só para citar alguns tópicos

Orquestra afinada

A primeira palestra de domingo, dada pelo jornalista Valdir Carleto, teve como tema “Uma organização bem afinada”, e traçou um paralelo entre a estrutura organizacional de uma orquestra de cordas com a de uma escola para demonstrar a importância do trabalho conjunto na obtenção de resultados. As explicações do palestrante foram ilustradas com exemplos pela Camerata Guarucordas, que é formada por jovens músicos de Guarulhos, município da região metropolitana de São Paulo. A regência é do maestro Celso Franchini, professor do Conservatório Municipal de Guarulhos

Em seguida, a CAEM mais uma vez nomeou educadores, escolas e projetos inovadores que têm contribuído para a expansão e fortalecimento da cena de educação musical brasileira através da premiação “CAEM Destaque” . Os escolhidos foram Mozart Mello, na categoria “Professor Destaque”; projeto Alma de Batera, do professor Paul Lafontaine, na categoria “Projeto Inclusivo Musical”; Oela (Oficina Escola de Lutheria da Amazônia) – representada pelos gestor e luthier Rubens Gomes, na categoria “Projeto Sócio-Ambiental Musical”; e CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical), na categoria “Escola Destaque” – representada no evento pelo músico, professor, arranjador Amilton Godoy.

Fechando o ciclo de palestras, o 1º Congresso Nacional CAEM promoveu o debate  “A tecnologia está ajudando ou atrapalhando as escolas?”, que contou com a participação do professor Antônio Mário Cunha, diretor do Conservatório Souza Lima; do publicitário Célio Ramos, diretor da EM&T; do professor Fernando Costa, supervisor do curso de Inglês Melp e Easycomp; Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer, Nelson Filho, diretor da Nel-Som Escola de Música e Turi Collura; professor de música que têm usado a educação à distância para atrair mais alunos.

Entre os pontos levantados pelos participantes estavam o avanço inevitável da tecnologia no ambiente escolar e as vantagens que o modelo online oferece em comparação com o modelo presencial, tais como a possibilidade de levar o nome da escola para áreas mais remotas e atender a demanda por educação à distância que começa a crescer nos mais variados setores de educação. O grupo foi unânime em reforçar a importância de investimentos em modelos de aula online que ofereçam interatividade, uma condição essencial para atender às necessidades atuais o novo público consumidor – que tem amplo acesso à informação e já não aceita consumir passivamente as informações.

Oficinas grátis ficam lotadas

Simultaneamente às palestras no palco principal foram realizadas oito oficinas capacitadoras com grandes nomes da educação musical, novidade apresentada pela primeira vez durante o 9º Encontro Nacional Escolas de Música, realizado em 2013, e que foi sucesso de público.

Ao longo dos dois dias do Congresso o público pode acompanhar as oficinas “Música, psicomotricidade, cognição e inclusão”, da doutoranda em Neurociências pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Viviane Louro;“Introdução à flauta soprano e suas aplicações didáticas”, de Marta Roca, membro do projeto Sopro Novo Yamaha; “Sistemas de Aúdio”, do profissional Matheus Madeira; “Musicalização para bebês”, da mestre em Educação pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo Enny Parejo; “Teclados Arranjadores”, de Nelson Bonfim ; “Boomwhackers e a Música Colaborativa”, doconsultor em educação musical ativa para educadores em geral Uirá Kuhlmann; “Produção Musical”, de Eduardo Sterman; e “A música como idioma matriz”, do multi-instrumentista e empresário Jack Lima.

“Já em 2013 percebemos a excelente aceitação dos participantes com a inclusão de oficinas em nossa programação. E neste 1º Congresso tivemos a possibilidade de ampliá-las e ter uma procura enorme, decorrendo inclusive lista de espera na maioria. Era uma solicitação antiga de colegas que desejavam levar seus professores para o evento, mas achavam que eles talvez não se interessassem tanto pelo tema “gestão”. As oficinas capacitadoras se transformaram em uma solução para atender diretamente os educadores não só das escolas livres de música, como também da rede regular de ensino. Conseguimos englobar vários temas diferentes, de modo a atender diversidade de perfis dos participantes do Congresso”, diz Forte. “E aguardando feedback dos participantes,vamos trazer mais novidades para 2015!”

Para mais informações sobre a CAEM e o Congresso Nacional CAEM acesse o site www.escolasdemusica.com.br .

 





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