Concerto ‘Cartas Brasileiras’ une música erudita e popular
PIANO | Amilton Godoy inovou e criou estilo próprio baseado no jazz
Com Léa Freire (flauta), Amilton Godoy (piano), Fábio Peron (bandolim) e Vinícius Barros (percussão), a Orquestra Sinfônica da Unicamp interpreta dois dos mais esperados concertos da temporada. As apresentações “Cartas Brasileiras”, que unem erudito e popular, acontecem hoje, às 20h, no Teatro Castro Mendes, e amanhã, às 21h, na Casa do Lago
(Unicamp), sob regência de Felipe Senna, que assina a direção musical.
(Unicamp), sob regência de Felipe Senna, que assina a direção musical.
O repertório traz obras da flautista Léa Freire, reunidas no disco do mesmo nome, com arranjos de mestres do gênero, como Nailor Proveta, Gil Jardim, Felipe Senna e Luca Raele.
Considerada uma das mais festejadas instrumentistas, Léa Freire ouvia desde cedo eruditos brasileiros como Camargo Guarnieri e Villa Lobos em seus estudos de piano, ao lado de Bach, Debussy e outros compositores estrangeiros. Cantou 15 anos em coral sob a regência de Samuel Kerr, Klaus Dieter Wolf e Jonas Christensen. Tornou-se flautista improvisadora e compositora. Suas parcerias com Joyce foram gravadas no Brasil, Japão, Alemanha e Inglaterra.
Léa é ainda uma grande incentivadora da música instrumental brasileira, fundadora da gravadora e editora Maritaca, que já tem mais de 40 CDs e dois livros no catálogo.
Nascido em uma família de músicos populares e eruditos, aos 75 anos, Amilton Godoy é um dos grandes nomes entre os pianistas do cenário nacional. Atraído pela música popular, Amilton inovou e criou seu próprio estilo, com base no jazz, de forma quase autodidata, tornando-se professor de muitos dos grandes músicos da cena instrumental brasileira, como Eliane Elias e a própria Léa.
Com o Zimbo Trio, do qual fez parte, dividiu o palco com nomes importantes como Elis Regina, Elizeth Cardoso, Wilson Simonal e Jair Rodrigues, que marcaram uma época com o “Fino da Bossa”.
Como solista, atuou como convidado de orquestras regidas por grandes maestros, como Cyro Pereira, Julio Medaglia, Chico de Moraes, Simon Bleche, Roberto Sion, Maurício Galindo e Wagner Tiso. Como erudito, Amilton já lançou mais de 10 métodos de piano e harmonia.
Felipe Senna transita entre o erudito e o popular como instrumentista, diretor e criador, escrevendo para grupos sinfônicos e de câmara no Brasil e no exterior. Recebeu prêmios nacionais e internacionais. Atualmente dedica-se à comissões de projetos na França, México, Alemanha, USA e Brasil, com quatro estreias sinfônicas previstas para 2016.
O Castro Mendes fica na Praça Corrêa de Lemos, s/n. Vila Industrial, em Campinas. Os ingressos custam de R$ 5 a R$ 20. O concerto na Casa do Lago, na Unicamp, é gratuito.
Fonte: Portal Todo Dia