Dólar opera em alta, com mercado atento aos Estados Unidos
Moeda volta a operar acima do patamar de R$ 2,30 nesta terça-feira. Investidor busca sinais sobre futuro da política monetária norte-americana.
O dólar comercial opera em alta nesta terça-feira (13), voltando a subir acima do patamar de R$ 2,30, com investidores atentos a dados econômicos dos Estados Unidos e em busca de novos sinais sobre o futuro da política monetária norte-americana, diz a Reuters.
Perto das 15h30, a moeda registrava valorização de 1,03%, a R$ 2,3095 para a venda. Veja a cotação
A divisa não fecha acima de R$ 2,30 desde o dia 5 de agosto, quando ficou em R$ 2,3047, no maior patamar desde 31 de março de 2009.
Na segunda-feira (12), a moeda fechou com valorização de 0,53%, a R$ 2,2860 na venda.
A moeda acompanha o movimento de valorização no exterior em relação a diversas moedas após a divulgação do resultado das vendas no varejo nos Estados Unidos em julho, uma medida dos gastos do consumidor.
As vendas no varejo excluindo carros, gasolina e materiais de construção subiram 0,5% no mês passado, informou o Departamento do Comércio nesta terça-feira (13).
Foi a maior alta em sete meses, um sinal de crescimento econômico mais rápido que pode fortalecer o cenário para que o banco central do país (Federal Reserve, o Fed) reduza o programa de estímulo à economia dos EUA.
O Fed compra mensalmente US$ 85 bilhões em ativos e tem dito que pode reduzir esse ritmo quando a recuperação da maior economia do mundo estiver sólida. Nesse cronograma, o programa de estímulo monetário – chamado de “quantitative easing” – poderia ser encerrado em meados de 2014.
“O movimento hoje é de valorização do dólar no mundo devido aos melhores números da economia deles”, afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, à Reuters.
Assim, os operadores estão atentos à possibilidade de o Banco Central brasileiro entrar no mercado para conter a valorização da moeda dos Estados Unidos. “As duas últimas intervenções do BC ocorreram quando o dólar estava mais baixo do que está hoje”, comentou um operador de banco estrangeiro.
Fonte: G1