08/03/2017
Por: marketing

Ed Sheeran segue fórmula pop folk romântica em ‘Divide’; G1 ouviu

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Terceiro disco do cantor inglês tem baladas de ‘amor eterno’ e parece mais esquemático do que os dois primeiros.

Ed Sheeran sempre soube usar bem suas fórmulas. Mas o que era até que espontâneo nos discos “+” e “x”, parece esquemático em seu terceiro e recém-lançado trabalho, “÷” (ou “Divide”). São 46 minutos divididos por 12 músicas, botando no mesmo pacote pop, folk, rap e letras açucaradas ou autobiográficas.

É essa mistura que fez deste ruivinho inglês nascido em 1991 o maior jovem cantor solo em atividade. E o compositor mais tocado dos últimos meses: transformou sobras de estúdio em músicas para Justin Bieber, Taylor Swift, Major Lazer e The Weeknd.

Baladas ‘amor eterno’

Se “Thinking out loud” virou hit de valsas em festas de 15 anos, então dá-lhe baladas no estilo “amor eterno”. “Perfect” é como se o One Direction virasse uma boy band gospel. “Baby, estou dançando no escuro com você em meus braços / Descalço na grama, ouvindo nossa canção favorita”, diz o refrão, narrando um encontro com uma “baby” doce, bonita e perfeita.

Também lenta e romântica, “Dive” é menos óbvia. “Não me chame de baby, a não ser que você queira dizer mesmo”, canta Sheeran. Outra no mesmo estilo, “Hearts Don’t Break Around Here” tem lá seu charme graças ao “Oh yeah, yeah, yeah” do fim do refrão.

Mas a maior prova de que Ed Sheeran topa tudo, como se fosse uma boy band de um cara que se divide em vários, vem em “Happier”. É uma típica música do Ryan Tedder, rapaz que já deu baladas ao piano para Beyoncé (“Halo”), Kelly Clarkson (“Already Gone”) e tantas outras. A canção tem letra e arranjo que não faria feio (e nem bonito) no repertório de qualquer dessas sub-Adeles da vida. Muito pouco para você, né Ed?

No fim, a melhor letra de balada do disco fica com “Supermarket flowers”. É escrita como se Ed fosse a mãe dele, falando da falecida avó do cantor.

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Aquele suinguinho

Quem gosta do Ed mais agitado e contador de causos também terá o que cantar, é claro. “Castle on the Hill” não por acaso virou single: é a melhor do disco. “Eraser” (épica), “Galway Girl” (composta por NOVE pessoas e mesmo assim fraquinha) e “New man” mostram um Ed rapper.

Mais pop genérica, “Shape of you” tem cenas descritas em um bar, declarações bêbadas de amor e mostra que Ed Sheeran não se esqueceu do modo Pharrell Williams de criar chicletes. Tente não ficar com os “hmmm, hmmm, hmmmm” grudados na sua cabeça.

“What do I know” se aproxima perigosamente de John Mayer ou James Bay, com guitarrinha xarope e frases como: “Vamos espalhar amor, compreensão e positividade”; e “o amor pode mudar o mundo por um momento, mas quem sou eu para falar algo?”.

Você é o Ed Sheeran, e tem quem esperasse mais de você.

Fonte: G1 Globo

 





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