23/08/2017
Por: marketing

Hanson vem ao Brasil com música nova para ‘período de tensão e muito medo’

Grupo gravou clipe de ‘I Was Born’ com 11 de seus 12 filhos. Ao G1, Taylor Hanson fala dos novos rumos da carreira (longe das paradas) e de shows em quatro capitais. Veja VÍDEO.

Hanson vem ao Brasil em turnê que comemora 20 anos do primeiro disco

Hanson vem ao Brasil em turnê que comemora 20 anos do primeiro disco

O Hanson está de volta ao Brasil para shows (veja serviço no fim do texto). A turnê é para comemorar os 20 anos de “Middle of Nowhere”, disco que vendeu 10 milhões de cópias no mundo todo.

Mas o trio de irmãos vai cantar também músicas mais recentes, incluindo “I Was Born”, de maio deste ano. No clipe, 11 dos 12 filhos deles aparecem dublando e brincando. “Eles tocam piano, bateria, cantam… Mas nenhum começou uma banda ainda”, conta Taylor Hanson ao G1.

Em entrevista por telefone, o cantor e tecladista de 34 anos analisa o rumo alternativo da carreira do Hanson e fala do repertório dos shows (com “Save Me” e “Weird”).

Para ele, se “MMMbop” fosse lançada em 2017 ainda viraria um hit por ser “muito grudenta”. “A boa música pop tem que passar no teste do tempo. Tem que ter uma melodia que fique na sua cabeça, você gostando ou não”.

G1 – Como é um dia normal na sua vida, quando não está em turnê?

Taylor Hanson – Normal é uma palavra estranha pra gente. [Risos] Nossa rotina é cheia até quando não estamos em turnê. Temos uma gravadora, lançamos artistas por nosso selo, pensamos em novos sabores para a nossa marca de cerveja… Temos toda a empresa em um mesmo teto. Quando não estamos fazendo shows, vamos para o escritório ou para o estúdio… Tem uma equipe de 10 pessoas trabalhando com a gente.

G1 – Nos quatro shows em São Paulo, vocês nunca tocaram ‘I will come to you’. Como é uma turnê que celebra ‘Middle of Nowhere’, vão tocá-la? Pô, é um single!

Taylor Hanson – Eu acho legal que você tenha pesquisado… Fico lisonjeado. Você está certo: na maioria das vezes “I will come to you” não é tocada. Mas há outras baladas que tocamos nesta turnê que a gente não costumava tocar, como “Weird”. Um dos desafios era representar bem essa quantidade tão grande de músicas. São seis discos em vinte anos. É impossível tocar tudo, mas também sempre tocamos “Save me”, um single do segundo disco…

G1 – ‘Save me’ talvez seja o maior sucesso de vocês aqui. Tocou muito na trilha de uma novela famosa [‘Laços de Família’].

Taylor Hanson – Eu sei disso. Amamos tocar essa música e sempre tocamos no Brasil, porque os fãs pedem. E, desta vez, teremos mais estrutura… Vamos tocar de novo, com todo o cenário.

G1 – ‘I was born’ tem uma letra otimista e parece ter sido feita em uma boa hora, porque estamos em tempos difíceis. Pensaram nisso ao lançar?

É uma ótima época para se estar vivo, mas é um período intenso que vivemos, com muita tensão, muito medo.

“Um dos temas da nossa música sempre foi ser otimista até em tempos complicados, sabe? Uma música do Hanson geralmente te faz bem. Mas se você ler a letra, na verdade ela está falando dos desafios da vida, de tentar superar algo”.

A música é uma forma de seguir adiante. Esta é uma das mais diretas que já lançamos. É totalmente esperançosa, é sobre aproveitar seu potencial e ser forte para dizer “eu nasci para fazer isso”. A gente nasceu para fazer o que a gente faz. E fazemos isso por 25 anos.

Taylor, Zach e Isaac: os irmãos Hanson estão de volta ao Brasil (Foto: Divulgação/Time for Fun)

Taylor, Zach e Isaac: os irmãos Hanson estão de volta ao Brasil (Foto: Divulgação/Time for Fun)

G1 – Hoje é mais difícil fazer sucesso com uma banda de pop rock do que era em 1997?

Taylor Hanson – Estar nas paradas, ser um sucesso… Isso é um privilégio. Você não vai ser sempre um sucesso. Os maiores artistas do mundo não estão sempre no top 10. Então, o que posso dizer é que sempre foi e será difícil.

“O mais difícil ainda é criar uma carreira longa, que não depende de paradas, desse tipo de coisa. Você tem que tentar entender como vai se manter tocando mesmo com altos e baixos. Não acho que hoje seja mais difícil do que era no começo”.

G1 – Mas, se fosse lançada hoje, ‘MMMbop’ teria boas chances nas paradas?

Taylor Hanson – Ninguém sabe com certeza se teria. Eu acho que a música é muito grudenta. Um dos motivos para tanto sucesso foi a combinação da música com o tempo que foi lançada. Era tão diferente de tudo o que vinha sendo lançado… Você tinha o grunge, tinha um pouco de pop, mas o tom da música pop era tão diferente… A boa música pop tem que passar no teste do tempo. Tem que ter uma melodia que fique na sua cabeça, você gostando ou não. [Risos] Eu acho que se fosse lançada agora, a gente teria uma boa chance.

G1 – Já vi você falando com propriedade sobre streaming. Como artista, qual sua opinião sobre as mudanças que vêm acontecendo com o mercado da música?

Taylor Hanson – Nos últimos 10 anos, passamos por uma fase em que a tecnologia nos deu grandes possibilidades. Mas todos os criadores agora ainda tentam agregar valor à propriedade intelectual. Porque o Spotify e os serviços de streaming estão usando nossas músicas para gerar uma receita imensa para seus negócios, mas esse dinheiro não é repassado para os criadores.

Isso tem criado problema para nós. Na verdade, não para nós, para outros… Nós temos anos de história com nosso público, antes disso, mas os artistas mais atingidos são os menores, que estão começando, tentando construir uma carreira.

Taylor Hanson e sua família: a mulher e os cinco filhos (Foto: Reprodução/Instagram do cantor)

Taylor Hanson e sua família: a mulher e os cinco filhos (Foto: Reprodução/Instagram do cantor)

G1 – E quais músicas seus filhos ouvem?

Taylor Hanson – Eu só apresento música boa para meus filhos, coisas que amo, artistas clássicos que eu respeito… Queen, Beach Boys, Beatles, rock clássico, Ray Charles, Tom Petty, The Cars, AC/DC, Neil Young. Estamos sempre cercados por música.

G1 – Você viaja com eles?

Taylor Hanson – Depende de cada turnê, às vezes vou com meu mais velho… Ele tem a mesma idade que eu tinha quando comecei a viajar, 14 anos.

G1 – Eles tocam, cantam?

Taylor Hanson – Eles tocam piano, bateria, cantam… Mas nenhum deles começou uma banda ainda.

G1 – E se começarem, vai falar o quê?

Taylor Hanson – “Não tem como pensar em qualquer outra coisa?” Eu acho que falaria isso. Você precisa perceber que é viciado na música e arrumar uma forma de transformar esse vício em um negócio. A música tem que ser algo que você tem necessidade de fazer. Não é uma escolha. Se eu ver em algum dos meus filhos essa paixão, claro que eu vou apoiar.

G1 – Na turnê pela Austrália, vocês foram a um programa de rádio e brincaram que ouvir Justin Bieber fazia você ‘pegar doenças venéreas pelos ouvidos’…

Taylor Hanson – [Risos] Como em muitas vezes, foi tirado do contexto.

G1 – Qual era o contexto, então?

Taylor Hanson – Não somos exatamente grandes fãs do Justin Bieber. Mas a brincadeira era que estávamos na Austrália e conversávamos sobre coalas, conhecidos por terem clamídia. Muitos dos coalas têm essa doença. A gente estava fazendo piadas com isso… Daí tocaram aquela música na rádio [“Despacito”], e tem o fato de não sermos grandes fãs, e a nossa brincadeira foi meio… Foi um comentário meio forte… [Risos]

Hanson no Brasil

Rio de Janeiro

Quando: Quinta-feira, 24 de agosto, às 21h30

Onde: KM de Vantagens Hall RJ (antigo Metropolitan) – Av. Ayrton Senna, 3000 – Shopping Via Parque – Barra da Tijuca

Ingressos: R$ 290 (pista), R$ 350 (camarote) e R$ 250 (poltrona). Há meia-entrada

Belo Horizonte

Quando: Sexta-feira, 25 de agosto de 2017, às 21h30

Onde: KM de Vantagens Hall BH (antigo BH Hall) – Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro

Ingressos: Pista e arquibancada: R$ 220 (lote 1), R$ 270 (lote 2), R$ 300 (lote 3) e R$ 330 (lote 4)

São Paulo

Quando: Sábado, 26 de agosto de 2017, às 21h30

Onde: Citibank Hall – Av. Nações Unidas, 17.955

Ingressos: R$ 450 (camarote 1 e pista premium), R$ 380 (camarote 2) e R$ 200 (pista)

Salvador

Quando: Domingo, 27 de agosto, às 19h30

Onde: Arena Fonte Nova – Ladeira da Fonte das Pedras, s/n – Nazaré

Ingressos: a partir de R$180,00

Fonte: G1 Música

 





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