24/04/2017
Por: marketing

IMS lança site com 40 músicas inéditas de Pixinguinha

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Portal de acesso gratuito cruza informações de mais de 500 músicas e 3 mil recordações de críticas e reportagens sobre artista

O site que o Instituto Moreira Salles lança neste fim de semana para celebrar os 120 anos de Pixinguinha (www.pixinguinha.com.br) traz partituras manuscritas de suas composições e arranjos, discografia para audição on-line, mais de 3 mil recortes de críticas e reportagens sobre o artista, além do primeiro catálogo crítico das obras de Pixinguinha — com informações sobre cada uma das mais de 500 músicas atribuídas ao artista. Um material valiosíssimo por reunir e cruzar essas informações. Mas o processo de pesquisa para a criação do site trouxe mais: foram descobertas 40 músicas inéditas do compositor, inclusive a que seria sua última composição.

— Em 2012 lançamos o livro “Pixinguinha: inéditas e redescobertas”, só com músicas encontradas no Acervo Pixinguinha, que está no IMS — conta Bia Paes Leme, coordenadora de música do instituto. — Mas desde então a pesquisa avançou muito. Passamos a ter como objetivo possuir um catálogo confiável de obras do Pixinguinha. Para isso, tivemos que ultrapassar, e muito, os limites do acervo.

Bia explica que a pesquisa — o catálogo crítico é assinado por Pedro Aragão e José Silas Xavier — avançou sobre acervos de instituições parceiras:

— O MIS (Museu da Imagem e do Som) tem o acervo de Almirante, que conviveu intensamente com Pixinguinha e que era um guardador de partituras. Tivemos também o apoio do Instituto Jacob do Bandolim, além do acervo monumental da Casa do Choro (a pesquisa foi também aos arquivos do Instituto Piano Brasileiro e do Instituto Memória Musical Brasileira). Essas 40 inéditas saíram desses acervos todos.

As músicas garimpadas representam diversas fases do compositor:

— Tem coisas que vão desde a década de 20 até uma que acreditamos ser a última composição dele. Pela caligrafia mais tremida que ele tinha nos últimos anos e pelo tipo de papel, ela é dos anos 1960.

O tesouro ainda não está disponível para consulta. Pelos planos de Bia e de seus colegas do IMS, a composição derradeira de Pixinguinha (“que além de seu valor histórico, é muito boa”, avalia a coordenadora de música) será a primeira a ser divulgada:

— Vamos conversar com os herdeiros para ver como faremos com as inéditas. Aliás, elas pertencem à família, Pixinguinha só entra em domínio público em 2043. A ideia é divulgar algumas coisas aos poucos.

 

PARA PESQUISADORES E LEIGOS

O lançamento será feito em meio às celebrações do IMS pelo Dia do Choro, comemorado dia 23 de abril, data que se acreditava ser a do nascimento de Pixinguinha — descobriu-se no ano passado que ele veio ao mundo no dia 4 de maio. A festa começa com uma roda de choro neste sábado, às 20h — depois de uma palestra, às 18h, na qual o site será apresentado. Domingo haverá um show dos músicos Nailor Proveta, Cristovão Bastos e Áurea Martins, às 19h.

O repertório da roda e do show será repleto de clássicos de Pixinguinha — todos presentes no catálogo crítico. As músicas conhecidas do compositor estão entre as mais de 300 que integram o banco de dados como sendo de autoria reconhecida. Mas há lá também cerca de 200 que foram atribuídas a ele, porém não são do compositor.

— Pedro Aragão escreveu um texto explicando os critérios de catalogação. O primeiro é a caligrafia de todos os copistas confiáveis de Pixinguinha. porque as partituras de Pixinguinha chegaram aos dias de hoje muito mais pelas mãos de copistas do que as dele próprio. Com a caligrafia dele, encontramos 30, que estarão num caderno especial no site — detalha Bia. — Outro critério é música atribuída a ele e gravada em vida. Um terceiro são os casos em que temos a caligrafia dele numa partitura com cara de esboço de composição.

 

VIDEO

 

O site terá um vídeo com “Carinhoso” sendo cantada por Chico Buarque, Joyce Moreno, Zélia Duncan, Monarco e Carminho. A ideia é que o portal sirva a pesquisadores e leigos:

— Queremos que seja divertido visitar o site. Nós vamos juntar uma gravação com a crítica referente a ela, ou com uma foto que a ilustre, e criar playlists com diferentes recortes de curadoria.

 

DIA DO CHORO

ONDE: Instituto Moreira Salles — R. Marquês de São Vicente, 476 (3284-7400)

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QUANDO: 23/04, às 18h, e 24/04, às 20h.

QUANTO: Grátis.

CLASSIFICAÇÃO: Livre.

 

Fonte: O Globo / Jornal GGN

 





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