Mercado de instrumentos musicais aposta no segundo semestre para reverter impacto da copa
Num ano atípico, principal feira do setor acontece em setembro com a missão de revitalizar o relacionamento entre indústria, varejo e consumidor final.
A pouco mais de um mês e meio da principal feira nacional dedicada ao segmento de instrumentos musicais, a Expomusic 2014, o setor começa a retomar o ritmo dos negócios. Após um primeiro semestre de desaquecimento do mercado, algumas empresas sentiram o impacto das baixas do varejo em virtude do Mundial de Futebol.
Ao analisar o setor como um todo, o coordenador de Marketing da Eagle, Miguel de Laet, avalia uma queda considerável na primeira metade de 2014: “Pelo que tenho conversado, o mercado de instrumentos musicais perdeu em média 40% de seu faturamento”, estima Laet, que atribui a baixa também a outros fatores, como a proximidade do pleito eleitoral e os altos valores da ST (Substituição Tributária).
Ainda assim, segundo ele, a Eagle perdeu menos que a média. Ao considerar que se tratava de um ano atípico, a empresa se preparou tanto em termos de investimentos, quanto de ações de marketing para ampliar a presença da marca junto ao consumidor. Nesse sentido, investiu em demonstrações de produtos por endorses, merchandising via totens e na realização do Eagle Experience, um festival para revelar novos talentos.
Para Laet, num cenário como esses é importante não deixar de investir: “É nessas horas que se abre espaço para a concorrência crescer”, avisa. Nesse sentido, ele diz acreditar que a participação na Expomusic 2014 é essencial: “Além de marcar nossa presença no mercado, a participação na feira nos possibilita ter contato com o lojista, o que é vital para a empresa”, conclui.
Fornecedora de pedais, a Fuhrmann tinha um grande desafio pela frente no começo de 2014. Por trabalhar exclusivamente com um tipo de produto do qual o lojista não costuma manter mais de uma marca em estoque, a empresa precisou bolar uma estratégia de contingência para esse período. Inspirada no clima de Copa do Mundo criou a campanha “Fuhrmann é Brasil”, que incentivava o lojista a comprar um número específico de produtos em troca de um kit promocional. Além de ter ajudado a reverter perdas para a empresa, a ação acabou aumentando o giro nas lojas também.
Ao observar uma retração em diversos segmentos da economia nos primeiros seis meses, o superintendente de Marketing da Yamaha, Carlos Alberto Ferrari Merussi, observa que na empresa, entre maio, junho e meados de julho, houve uma parada geral e que, agora, o mercado ensaia uma retomada, ainda que incipiente: “Agora parece que estamos retomando as vendas de instrumentos musicais, mas ainda não do jeito que gostaríamos que fosse”, lamenta.
Apesar de avaliar negativamente a primeira metade do ano, o diretor Comercial da Rover, Fábio Lopes, espera que a partir agosto os negócios melhorem: “Entendo que devido à Copa do Mundo os primeiros seis meses foram comprometidos, principalmente para nós, do varejo. Mas a nossa expectativa é de boas vendas no segundo semestre, principalmente porque teremos a Expomusic, uma vitrine obrigatória para quem quer sobreviver nesse mercado”, aposta.
Em média, segundo Lopes, os negócios fechados na Expomusic chegam a representar cerca de 30% do seu faturamento anual, mas garante que não está na feira só para vender. “Nossa participação também é institucional, pois queremos divulgar a marca e nosso jeito de trabalhar”, conclui.
Mesmo com o pessimismo do comércio em geral por conta da Copa do Mundo, a Odery Drums não sentiu tanto os efeitos do evento em seus negócios. Segundo Maurício da Cunha, do departamento de Marketing, os problemas foram vistos mais no varejo. “Quem reclamou mais foram os lojistas, já que as pessoas deixavam de fazer suas compras para ver os jogos”, explica. Com relação à Expomusic, Cunha espera que a participação na feira proporcione um incremento de cerca de 15% no faturamento anual da empresa.
EXPOMUSIC
Terceira maior feira do mundo, a Expomusic – Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios terá os dois primeiros dias (17 e 18) dedicados a negócios com lojistas e demais profissionais de um setor que deve faturar R$ 750 milhões este ano.
O público, aficionados e escolas poderão visitar a feira nos dias 19, 20 e 21, mediante compra de ingresso, e conhecer as novidades, que este ano incluem ambientes com instrumentos musicais de iniciação para a degustação das crianças.
Em área de 34.000m² os 200 expositores exibirão instrumentos musicais e acessórios, som profissional, edições musicais e estruturas de palcos e iluminação. A feira conta também com uma extensa agenda de shows, workshops, sessões de autógrafos com músicos renomados, e a programação oficial do Music Hall, espaço que oferece oportunidade para bandas, orquestras, instrumentistas, cantores e alunos de escolas de música mostrarem seu trabalho.
Durante essa autêntica maratona musical, lojistas, músicos, profissionais do setor, escolas e público em geral terão acesso a centenas de novidades e inovações, num universo que também conta com novos softwares, sofisticados afinadores de instrumentos, fones de ouvido e pedais, todos desenvolvidos com alta tecnologia, e inovadores produtos para limpeza, manutenção e proteção de instrumentos musicais.
SERVIÇO:
EXPOMUSIC 2014 – 31ª. FEIRA INTERNACIONAL DA MÚSICA
Data: 17 a 21 de setembro de 2014
Local: Expo Center Norte
Promoção e Organização: Francal Feiras
Patrocínio: Abemusica – Associação Brasileira da Música
Informações pelo telefone: (11) 2226-3100
Twitter: @feiraexpomusic
Facebook: Feira Expomusic
Google +: Expomusic
DIAS 17 e 18: FEIRA ABERTA EXCLUSIVAMENTE PARA NEGÓCIOS COM LOJISTAS.
DIAS 19, 20 e 21: ACESSO MEDIANTE COMPRA DE INGRESSO.
INFORMAÇÕES À IMPRENSA:
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Julho 2014