Música Estreia nacional do projeto The Dreamers abre Jazz em Agosto
O 30.º Jazz em Agosto (JeA) começa hoje, em Lisboa, no anfiteatro da Fundação Gulbenkian, com a estreia em palco português do projeto The Dreamers, sob a direcção do compositor e saxofonista norte-americano John Zorn.
Segundo a apresentação do festival, “em The Dreamers, John Zorn amplia o conceito ‘music romance series’, exposto no álbum ’The Gift’, de 2001, criando um universo lírico e ultramelódico”.
O projeto The Dreamers/John Zorn@60 conta com o músico, na direção, e é composto por Marc Ribot (guitarra elétrica), Jamie Saft (teclados), Trevor Dunn (contrabaixo e baixo elétrico), Kenny Wollesen (vibrafone), Joey Baron (bateria) e Cyro Baptista (percussão).
Até 11 de agosto, o JeA apresenta dez concertos no anfiteatro, nove sessões de cinema no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian e é editado o livro “Partidas/Chegadas – Novos Horizontes no Jazz”, que evoca músicos das 30 edições do festival iniciado em 1984.
O destaque da edição deste ano é para John Zorn, “músico americano dos mais prolíficos”, como afirmou o diretor do festival, Rui Neves.
A designação “The Dreamers/John Zorn@60” remete para a idade do compositor e multi-instrumentista norte-americano, que completa 60 anos exatamente daqui a um mês, no próximo dia 02 de setembro.
O festival associa-se à celebração, apresentando os três projetos do compositor e saxofonista com companheiros da sua carreira, nomeadamente Marc Ribot, Jamie Saft, Trevor Dunn, Kenny Wollesen, Joey Baron, Cyro Baptista e Ikue Mori.
Apresentam-se também “dois grupos emblemáticos de John Zorn, The Dreamers, explorando uma via ‘lounge’, e o Electric Masada, sintonizado com os primórdios do jazz elétrico”, explicou Rui Neves.
Outra estreia nacional é a do projeto “Drumming GP plays Max Roach M’Boom”, que homenageia o baterista histórico, pioneiro do “bebop”, Max Roach, que tocou com músicos como Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Thelonious Monk ou Sonny Rollins.
O jazz escandinavo marca presença com o Trio Elephant9, acrescido do guitarrista Reine Fiske, e o trio The Thing, em dimensão ampliada de septeto – The Thing XXL – em que “se destacam Peter Evans e Terrie EX, e do qual não há qualquer registo discográfico”.
Outros nomes do cartaz são o trompetista Peter Evans e o músico e compositor “veterano, plenamente reconhecido pelo seu contributo inovador, poli-instrumentista”, Anthony Braxton.
O concerto de encerramento “é uma associação que o trompetista de Chicago Rob Mazurek imaginou: unir dois trios que dirige – São Paulo Underground e Chicago Underground – e convidar o lendário músico, companheiro de John Coltrane na sua derradeira fase, a mais radical, o saxofonista Pharoah Sanders, constituindo um sexteto inusitado”, conclui Rui Neves.
Fonte: Notícias ao Minuto