Músico arcoense toca 15 instrumentos ao mesmo tempo e canta
Autodidata, o interesse pela música surgiu aos 12 anos, quando comprou o primeiro violão. Ele conta: “Fiz menos de um mês de aula de teclado. Na época eu não tinha interesse pela música, mas uns quatro anos depois disso, comprei um violão por minha conta, com o dinheiro que eu recebia trabalhando com meu pai, e comecei a aprender sozinho, com uns 12 anos”.
Aos 16 anos de idade, Welder e alguns amigos montaram uma banda de rock em Arcos, mas o empreendimento não deu certo. “Acabou a banda e, na época, acabou também o meu interesse pela música”, lembra.
Depois de uns três anos, já aos 19 anos, ele foi morar em Divinópolis para trabalhar. “Eu tinha vendido tudo, não tinha mais nenhum equipamento (instrumento musical), e fui trabalhar em outras áreas. Mas chegou um período que eu precisei muito de dinheiro e decidi que ia tentar a música novamente”. Foi nessa época que Welder comprou outro violão e começou a tocar em barzinhos. Com conhecimento de artes gráficas, área na qual ele já havia trabalhado em Arcos, fez a capa do CD e gravou em casa. “Ficou muito ruim, mas a capa ficou bonita, aí vendi meu show através da capa. Em Divinópolis, eu fechei com três casas de shows, de cara”, relata.
Ao perceber que a carreira estava dando certo, Welder Miranda comprou um violão melhor. No primeiro ano fez 20shows; no segundo, fez 50; no terceiro, fez cem; no quarto ano fez 140 shows; e no ano passado fez 170, em várias cidades de Minas. Neste ano de 2015, já foi para São Paulo e Rio de Janeiro.
Welder conta com o apoio da noiva, a fotógrafa Bárbara Machado, que também é sua empresária, produtora, assistente e fotógrafa.
O curioso do trabalho de Welder é que ele é o vocalista e toca 15 instrumentos de uma vez, utilizando as mãos, os pés e a boca. Ele explica como segura todo esse equipamento: “A bateria é desmembrada em quatro instrumentos – bumbo, chimbal, caixa e prato – e montada de acordo com cada membro do corpo. Os demais são: meia lua, dois guizos, um ganzá, gaita, kazoo, ukulele (violão havaiano, pequeno) e quatro buzinas”. O equipamento foi fabricado pelo próprio Welder, que também aprendeu, sozinho, a tocar os instrumentos.
No projeto One man band, as apresentações são em praças públicas, onde é feia a coleta no chapéu, ou seja, as pessoas que querem, pagam um valor simbólico pelo show, a quantia que podem pagar.
Participação no filme ‘Pão e Circo’ e no Faustão – Welder Miranda atuou no curta-metragem ‘Pão e circo’. A oportunidade surgiu em Tiradentes, quando sua apresentação foi vista pelo cineasta Luiz Carlos Lacerda (Bigode). “Ele me viu tocar, gostou muito e me convidou pra fazer parte de um filme que ele estava rodando. Então eu fiz o protagonista na idade adulta”. A história do filme, coincidentemente, é parecida com a de Welder. O personagem dele começa a ser interpretado por uma criança. O garoto sonhava em ser artista e a mãe não apoiava. Depois, quando adulto, ele realiza seu sonho e faz apresentações em praça pública.
Essa atuação também motivou uma entrevista ao jornal Estado de Minas e uma participação no programa do Faustão, na Globo, dia 15 de fevereiro de 2014. “Saí no filme num dia, dois dias depois no Estado de Minas, e dois dias depois a produção do Faustão estava me ligando”, diz Welder, que participou do quadro “Se vira nos 30”. Ele explica que a produção do Faustão teria cometido um equívoco e anunciado que ele era de Divinópolis. “Não ganhei os 25 mil, mas foi importante, porque o Faustão passa em 160 países. Hoje tenho repercussão nacional.
Apresentações beneficentes e projeto ‘Vaquinha Online’ – O projeto One Man Band foi lançado em outubro de 2014, na Semana das Crianças, com renda destinada às crianças com câncer da ACCCOM (Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas). Welder conta que foi um sucesso. “O som é doce, parece circense, é um rock infantilizado, agradando a todos os públicos, principalmente crianças e idosos”. Nesse trabalho são tocadas e cantadas músicas do“The Beatles”. Mas Welder também toca e canta clássicos dos anos 50 a 90, nacional e internacional, a exemplo de interpretações de Led Zeppelin, Creedence, Queen, Blitz, Cazuza, Legião Urbana, Cássia Eller e Almir Sater.
Welder Miranda pretende viajar o Brasil todo e a América do Sul, com esse projeto, expandindo o trabalho beneficente. Ele quer doar todo o dinheiro arrecadado no chapéu para a ACCCOM e a Pousada dos Bertos, em Arcos. Para isso, já conta com alguns patrocinadores e quer conseguir ainda mais, inclusive para comprar uma van para viajar e passar a noite, sem precisar pagar hotel. Com essa finalidade, ele também desenvolve o projeto “Vaquinha Online”, que consiste na arrecadação de doações por meio da Internet. A meta de Welder é ousada: R$130 mil. “Queremos inserir esta cultura de fora, fazer com que a arte de rua seja valorizada no Brasil, lembrando que a pessoa doa o que quer”.
Se o projeto de Welder der certo, ele pretende custear suas despesas de viagem com os patrocínios e com o dinheiro arrecadado com o “Vaquinha Online”. Desse modo, poderá doar todo o dinheiro arrecadado com o chapéu, para duas entidades: 75% para a ACCCOM, que atende 86 cidades, e 25% para a Pousada dos Berto, que tem 45 internos.
Se você quer ajudar Welder Miranda a desenvolver seu trabalho e ainda ajudar a ACCCOM e a Pousada dos Berto, visite o site (www.weldermiranda.com.br). A montagem está sendo concluída e deverá estar no ar a partir desta semana.
Contatos: e-mail welderhm@hotmail.com, site www.weldermiranda.com.br (deverá estar no ar nesta semana) e telefones: 9151-1115 (37) 3212-1801.