Musicoterapeutas lutam para regularizar a profissão
Uma iniciativa recente de musicoterapeutas visa a regulamentação da profissão no Brasil. O projeto de lei já é um desejo antigo desses profissionais e já foi colocado em pauta algumas vezes no Senado, sem sucesso. Recentemente, o tema volta ao site da instituição como projeto de discussão dos senadores. A meta é conseguir 20 mil assinaturas para que a regulamentação seja debatida pelo Senado Federal.
Apesar de ser uma profissão já consolidada – o curso surgiu nos EUA em 1919 e foi aplicado no Brasil a partir de 1970 – os musicoterapeutas sofrem com a falta de regulamentação.
Atualmente, os profissionais dessa área precisam disputar espaço com pessoas não capacitadas que exercem a atividade de musicoterapeuta, o que prejudica tanto o profissional devidamente graduado e capacitado para exercer a profissão, quanto os próprios pacientes, que ficam à mercê de um atendimento que pode pecar na qualidade.
Wagner Ribeiro, estudante do curso de Musicoterapia da UFMG, explica melhor a motivação do projeto de lei: “A nossa ideia é organizar a classe trabalhadora já atuante e em formação. É preciso estabelecer parâmetros para a atuação no mercado e muito importante, assegurar a qualidade no atendimento, pois, não sendo regulamentada, muitas pessoas sem a formação adequada oferecem serviços de Musicoterapia”, explica.
“Além de desvalorizar o trabalho de pessoas capacitadas, que estudaram sistematicamente os processos e as condutas clínicas, a falta de regulamentação leva a uma certa descrença da profissão e coloca em risco pessoas que na procura por um tratamento encontram profissionais não capacitados. Também deve ser salientado que a regulamentação ajuda a abrir caminhos para o aumento de atendimentos de Musicoterapia em instituições públicas e privadas de saúde”, esclarece.
Para apoiar o projeto, acesse o site do Senado. A votação fica disponível até o dia 13/02/2018.
Fonte: Cifraclubnews