O que nós queremos do SuperStar: Técnica ou emoção?
Quando a gente senta para ver o SuperStar o que esperamos? Bandas boas tecnicamente ou originalidade? A boa execução técnica ou o inesperado? O que irá nos emocionar mais, arrebatar?! Sim, sim, o que queremos, seja por qual via for é sermos arrebatados, surpreendidos.
E seguindo a discussão vamos acabar falando sobre música autoral ou versão. Com que tipo de repertório somos mais arrebatáveis? Em que tipo de música as bandas podem mostrar mais suas técnicas? Realmente acredito que na carreira de qualquer Artista o repertório é o “x” da questão. Pode até ser até um Artista consagrado, mas se num novo trabalho vier com um repertório meia bomba, sua carreira vai estar em perigo. Me parece que nas músicas autorais pinta mais a originalidade e nas versões fica mais propício para o virtuosismo. E pelas votações nas três audições até aqui nos leva a crer que o que arrebata mais ao público é o autoral, o original. Bandas com repertório autoral estão sendo mais bem votadas. E… como já diz o ditado: “A voz do povo é a voz de Deus”! Meu voto segue a maioria!!
E digo isto mesmo depois de uma audição onde mais uma vez o recorde de aceitação foi quebrado. E quebrado com uma versão! A banda Devir recebeu inacreditáveis 90%. Mas também, a versão que fizeram foi extremamente original. Os caras pegaram Rude, da banda Magic! E foram ainda mais suaves que na versão original da música. Fizeram diferente. Arrebataram! Foram originais e nem precisaram de grandes virtuosismos. Arrebataram pela originalidade! É, talvez tenham sido a exceção para justificar a regra.
E se estou defendendo esta tese de que música original é mais arrebatável que versão vamos falar do SuperCrow. Eles vieram com uma versão do clássico da Janis Joplin “Piece Of My Heart”. É inegável que o cantor tem uma ótima voz com grande extensão e capacidade de emocionar, se rasgar. Arrasou! Mas não trouxe nada de novo para a canção. Fizeram uma versão com arranjo muito similar a original, então eu pergunto: Para quê? Para que a gente precisa outra versão tão parecida com a original? Indo por este caminho é impossível não compararmos o cantor com a Janis e aí, e aí, aí a comparação é covardia. Já temos o registro da voz e da emoção da Janis muito fortes na nossa memória. Sem chances!
Então, resumindo: a gente senta para ver o SuperStar querendo ser arrebatado. Então se for para fazer versão que seja feita com coragem, com originalidade, como se a música a ser versionada fosse uma composição original da banda. Se não for assim será mais do mesmo e para ser mais do mesmo será uma tremenda perda de tempo e de oportunidade.
No mais, para quem gosta de música, para quem curte bandas, esta edição do SuperStar está sendo uma injeção de animo. O nível está altíssimo mostrando que se existe alguma crise na indústria da música, certamente não é uma crise artística. As bandas estão arrebentando! Já fico imaginando a disputa que vai ser até o final. Quem vai ganhar, certamente, seremos nós! Vale destacar também o quanto a Fernanda Lima está mandando bem na apresentação, vibrando com as músicas, torcendo fofamente pelos Artistas e extremamente a vontade em cena. É óbvio que ela gosta de música e isto só faz bem ao Programa. Que venha logo a quarta audição. Estou pronto para ser ainda mais arrebatado. Vaaaiiiii……
Fonte: Gshow Globo – No tom