21/03/2014
Por: abemusica

Protejo gratuito de música já beneficiou mais de 45 mil pessoas

O projeto completa 15 anos em maio

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Formar músicos; esse é um dos objetivos do Projeto Música Para Todos, que em maio completa 15 anos. Ao longo desse tempo, mais de 45 mil pessoas foram beneficiadas pelo projeto gratuito que insere a arte no dia a dia de crianças, jovens, adultos e idosos.

Aprender a linguagem universal da música exige disciplina e paciência. Antes do aluno ter o primeiro encontro formal com o instrumento, é preciso entender e ler as obras musicais, o que significa, pelo menos, um ano na sala de aula. “É necessário que o aluno obtenha média 7,5 para só então ir para a parte prática do curso. Isso funciona como um verdadeiro funil, porque muitos desistem nessa etapa”, explica Cláudia Simone, coordenadora de marketing do projeto.

Cerca de 1.500 pessoas aguardam na fila uma oportunidade para provar que dispõem dessas características. A espera pode durar de seis a oito meses e só então o candidato começa a frequentar a escola. Atualmente, 1.250 alunos são beneficiados pelo projeto. “No processo de inscrição os alunos escolhem o instrumento que desejam estudar. Eles aprendem a linguagem universal da música e partem para as aulas práticas. Durante esse período, ele pode aprender vários instrumentos”, esclarece Cláudia, que intensifica que o segredo é, durante o estudo teórico, compreender o melhor possível as partituras.

 

Antônio Rodrigues, de 74 anos, é de uma família de músicos. O bisavô era íntimo das notas musicais e o filho faz mestrado na área, o que influenciou Antônio a se aproximar do pandeiro, o instrumento preferido. Ele compõe a turma do Gonzagas Para Todos, que homenageia o compositor. “Adoro música”, declarou o veterano da sala.

O professor de música José Brandão acredita que é possível identificar talentos desde as primeiras aulas. “Nós já despertamos alguns dons. Mas a gente repassa para os alunos que o nosso sucesso vem depois do sucesso deles”. Lucinete Chagas, aluna de José Brandão, dedilhava um violão ao confessar que foi difícil aprender a compreender as notas musicais.

 

O projeto possui vários grupos musicais. Além do Gonzagas Para Todos, há também o TPM Para Todos, Chico Para Todos, Gospel Para Todos, entre outros. Cada aluno se aproxima do grupo que tiver mais afinidade.

A obediência às regras, entretanto, é uma característica exigida em todas as turmas. O aluno não pode, por exemplo, faltar três aulas seguidas. Caso isso aconteça, é afastado do projeto. Durante o processo de aprendizagem, as aulas práticas acontecem com, no máximo, quatro estudantes. Se no horário marcado não houver essa quantidade de alunos nas sala de aula, o professor inicia a aula com quem estiver presente.

O medo do palco é obstáculo que também é superado. Os vários grupos fazem apresentações frequentes para que os jovens músicos se sintam mais a vontade. O grupo Gonzagas Para Todos, por exemplo, tem uma apresentação agendada para o próximo dia 13 de abril. “É importante esse contato, porque muito alunos travam em cima do palco. Eles têm que ter essa prática”, informa Sandra Cardoso, supervisora do grupo que homenageia o compositor nordestino.

 

Fonte:capitalteresina.com.br

 





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